domingo, 24 de abril de 2011

Virada da chave

Não sei se com vocês isso acontece...mas comigo ocorre um fenômeno um tanto quanto inusitado.
Já não é a primeira vez em que, depois de um período de sofrimento por ter perdido alguém, que por livre e espontânea vontade saiu da minha vida, eu acordo em um belo dia e não ligo mais.

Simples assim. Eu não sei como, não sei porque, mas acordo não me importando mais. Não quero mais, algo meio Martnalia "não quero ser seu amigo, nem inimigo, nada...".

Bom, mesmo sem entender como funciona esse mecanismo dentro de mim, confesso que é de uma alegria quando isso acontece...é como se eu viesse carregando uma mochila de cinquenta quilos e chego no meu destino, tiro a mochila, tomo um copo de agua gelada e me sento no sofá. A sensação de leveza e descanso é a mesma.

Eu batizei esse fenomeno de "virar a chave". É quando eu vou lá, inconscientemente, e desligo o dejuntor daquela situação. Corta a energia e ela não é mais alimentada, não tem como funcionar, nem como dar choque. Sacou?

Fiquei feliz...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ainda presente...




"Alguma coisa aconteceu comigo. Alguma coisa tão estranha que ainda não aprendi o jeito de falar claramente sobre ela."


Caio F. Abreu



Sim, foi estranho. E forte. E arrebatador. Uma simples dança que mudou muita coisa, que mexeu em camadas até então adormecidas. Briquei com fogo, com o fogo claro, lindo, laranja e azul...alias, sempre me perguntei porque o fogo é laranja e azul, porque sua imagem é tão dançante, sempre assim...de um lado pro outro...enfim, devaneios de uma cabecinha voadora.


Brinquei mesmo com o fogo, de uma forma que não brincava ha tempos. Me aqueci, me aqueci mais até me queimar. Uma queimadura que está demorando para sarar. Olho para ela todos os dias e lembro dos meus dias de brincadeira. Fico feliz. É bom ter coisas boas para lembrar. Mas ao mesmo tempo arde, pois a ferida está ali, ainda exposta, ainda buscando cura.


E passo os dias assim, numa avalanche de emoções. Ora feliz pelo passado. Ora triste pelo presente. Ora insegura pelo futuro. E sigo. Pedindo desculpas pelos meus choros, oferencendo meu sorriso. Ainda que vazio, ainda que um esboço de sorriso, mas uma tentativa sincera de felicidade.


Porque dela eu não desisto. Um sagitariana nunca desiste da felicidade. É o meu estado natural.



P.S: Só um desabafo. Só um fôlego para seguir "atras de sutilezas que não podem ser descritas".

sábado, 16 de abril de 2011

Noticias diretamente do casulo


Meus queridos! Venho com noticias diretamente do casulo quentinho da D. Debora!

Empresa caminhando, muito trabalho e um prazer enorme em fazer o que gosto.

Cada vez mais dedicada a cuidar de mim, fisicamente e mentalmente.

Voltei com força total as minhas práticas de Yôga, não só praticando quanto estudando a filosofia. É realmente impressionante o poder do Yôga. Quanto mais me aprofundo mais brota uma força vinda sei lá de onde. Vou aproveitando...

Quanto ao corpo, consulta feita, inicio de uma boa dieta, matrícula na dança de salão (ui que delícia), massagens...ai, acho que será inevitavel ficar muito gostosa! hahaha

Todo esse movimento me faz muito bem. Gosto muito da sensação de me cuidar, de me dar carinho. Eu sei que sou a pessoa que mais me ama e sei que é assim que tem que ser. Por isso não economizo nos carinhos e mimos a mim mesma. To merecendo...

A unica tristeza é a saudade. Eita bichinha danada que não me larga. Sei que saudade até que é bom. Não se sente saudade de coisas ruins, só de coisas boas.

É bom saber que vivi algo bom, gostoso. Mas a falta...ai ai...é de partir o coração...

Mas enfim, o jeito é seguir repetindo como um mantra a declaração mais clichê e verdadeira que existe: TUDO PASSA.

Vou voltar pro meu casulinho. Volto com mais noticias!

terça-feira, 12 de abril de 2011

O momento da reclusão chegou. Aquele momento da sua vida em que você sabe, melhor do que ninguem, que é o momento de calar. Calar e olhar, observar tanto dentro quanto fora. Exercitar o poder do "deixar rolar" no sentido literal do termo.

Nesse momento, não sinto vontade de falar com ninguém, nem de expor minha figura por aí, como sempre faço. Nem de ter um sorriso no rosto, nem de abraçar pessoas, nem de ouvir "você é tão fofa, tão simpatica, gosto tanto de você". Não, não quero.

Quero ficar aqui. Com os meus pensamentos, minhas anotações, meus livros, minhas músicas, minha prática, com o meu trabalho e meus planos e mais ninguém.

Quero cuidar de mim, me permitir fazer absolutamente tudo que sei que gosto e que me faz bem. Me acariciar com o melhor que eu posso me proporcionar. Não quero esperar nada de ninguém, nem falar sobre nenhum tipo de relação. Só quero pensar, agir e fazer por mim mesma. Não quero fazer por ninguem, nem quero que ninguem faça por mim.

Estou no meu casulo. Aqui dentro, só vejo a mim. Só eu mesma me transformando, sem nenhum tipo de contato exterior. E só eu saberei quando será o momento de romper esse casulo e voltar a dar o ar da graça, como uma bela e ligeira borboleta.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

É isso e ponto.

Sabe aqueles momentos em que você se sente dentro de uma grande bola, girando, girando sem parar? Você consegue sentir que está girando, você sabe que já passou por aquele lugar, você quer parar mas simplesmente não consegue.

Aquela página da sua vida já está totalmente preenchida e você continua nela, sem forças para virá-la e se deparar com uma deliciosa página em branco.

Mais uma vez me sinto assim. Me incomoda o fato de me sentir assim e me incomoda mais ainda de ser "mais uma vez". E o meu tal discurso: nunca erro o mesmo erro duas vezes??? Cade hein, D. Debora?

Tudo bem, coração é terra onde ninguém pisa. Mas como uma boa menina de exatas, devo lembrar que sentimentos vêm do cérebro e não do coração. E se eles estão lá juntinho com o meus pensamentos, porque eu não poderia controlar esses dois danadinhos?

Cadê a minha tal força de vontade, que já me levou tão longe? Onde ela está quando você precisa esquecer? Ou será que você não quer esquecer? (momento dedo na ferida).

Vai ver que é isso né...na vontade de viver algum amor, numa tentativa desesperada de se sentir viva, se agarra a qualquer amor até àquele que não é correspondido ou que talvez não exista.

Por que você, Debora Giangiarulo, não assume de uma vez por todas que quer voltar a amar? Por que não tira essa máscara de "mulher-independente-que-se-basta" e grita pros quatro cantos: simmm eu quero amar, quero namorar, quero cuidar de alguém, quero ser cuidada. Quero um ombro certo, quero um carinho, quero dar todo meu carinho.

Se assuma, se aceite e deixe isso sempre claro. Para que entrem na sua vida só quem compartilhar dessa mesma vontade...

sábado, 2 de abril de 2011

Balança da vida


"A vida nos trata como nós a tratamos"

Dia desses me deparei com essa frase folheando uma revista antiga e não saiu mais da minha cabeça. Uma simples frase numa revista velha foi o suficiente para ativar o modo "reflexão" nessa cabecinha voadora que vocês já conhecem.

Dia após dia, fui repetindo internamente essa frase, quase que como um mantra, tentando extrair dela o máximo de sabedoria que ela nos tras. Fui aplicando a frase, como uma grande revisão em cada setor dessa minha vida enlouquecida: trabalho 01, trabalho 02, amigos, familia, relacionamentos, casa, eu mesma.

De cara, pude notar que em muitos casos cobro muito sem oferecer nada de real valor. Faço isso muito mais do que eu gostaria e deveria e os que mais sofrem com isso é a minha familia e eu mesma. Muitas vezes julgo minha familia por se manter distante, por não reconhecerem quando eu preciso de colo e simplesmente passo por cima do fato de estar há 04 meses sem aparecer para visitar a minha mãe e ficar semanas sem ligar para dar um oi para a minha avó. É justo isso? Logico que não....E quanto a mim mesma, quantas vezes reclamo que estou gorda ou que a pele não está legal e eu mesma me "saboto" comendo chocolate e não passando aquele creminho que faz toda a diferença antes de dormir?

Em outros casos não cobro nada mesmo me oferecendo inteira, deixando que entrem, façam o que quiserem comigo e saiam, sem que eu tome uma única atitude, sem que eu sustente a minha palavra. Quem se relaciona e quem mora comigo, sabem disso.

Pelo menos no lado profissional e com meus poucos e sensacionais amigos, está tudo certo. Relações equilibradas, onde eu ofereço o meu melhor e recebo o melhor.

Além desse exercicio fantastico que essa simples frase me proporcionou, ela deixou muito clara para mim uma lição. Talvez uma dica preciosa que sem duvidas, vale para todo mundo: Para que a balança da vida funcione de forma satisfatória, é fundamental que o peso "oferta" e o peso "demanda" estejam devidamente equilibrados.

A regra está claríssima para mim. Agora é colocar pra jogo!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Tudo novo, de novo


Estou num daqueles momentos da vida em que absolutamente tudo muda. Algumas coisas porque você escolheu, outras porque a vida quis assim, mas nada fica no lugar...tudo toma um outro rumo.


E você fica ali, tentando equilibrar tudo. Decidindo quais os melhores caminhos, onde você pode pisar, onde você deve calar. Tentando manter ainda a sanidade e a saúde.


A minha vida inteira foi assim. Talvez por isso aprendi a ser flexível, essa que considero talvez a minha maior qualidade. No mundo corporativo (esse mesmo, que estou contando os dias para sair) usamos muito o termo "resiliencia" que nada mais é do que a capacidade que uma pessoa tem de superar, se adaptar aos obstaculos que vão aparecendo pela estrada.


A vida cheia de contras me obrigou a aprender desde muito cedo que, ou era me tornava uma pessoa resiliente ou estaria nesse momento cuidando de umas crianças, talvez um marido e cozinhando feijão (nada contra, muito pelo contrario, mas só quero fazer tudo isso quando for uma opção e não a falta de opção).


E aqui estou eu, mais uma vez colocando essa minha qualidade a prova. Muitas mudanças profissionais, por escolha. Mudança de casa, porque não tenho escolha. E "mudanças nos ventos do meu coração" porque....bem, essa já é uma outra história.


Capacidade e vontade para superar e fazer dar certo tenho e muito! Só espero que meu corpo acompanhe esse ritmo, porque com saúde, a gente vai longe!