sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Partindo...

Pensei, juro que pensei que era uma pessoa amadurecida emocionalmente. Que todo o sofrimento passado tinham feito de mim um ser protegido de amores impossíveis, irreais e se caso, por pura teimosia, alguma flor tentasse brotar em meu coração minha consciencia a arrancaria sem nem piscar. Doce ilusão. Continuo com uma menina de 5 anos, a mesma que guardava seus trabalhinhos de dia dos pais com todo cuidado para o dia que o seu pai aparecesse.

Como é estranho esse vazio. Essa sensação de "missão não cumprida","história não terminada".

É tanta vontade, tanto amor...é olhar pra aquela pessoa e pensar "puxa como eu poderia te fazer feliz. Você podia me aproveitar mais..." Mas ele não quer...e eu nada posso fazer a não ser aceitar.

Jurava que tinha aceitado. Mas esqueci que sou uma menina mimada....e por mais que eu repita como um mantra "eu aceito, eu aceito", meu peito quase sai pela boca quando eu o vejo. Minhas mãos instataneamente se gelam ao abraça-lo e a sensação de quero mais só cresce a cada dia.

Então essa coisa toda de adultos civilizados não vai ser pra mim. Pelo menos não ainda. Ainda sou criança e primitiva nos assuntos do coração. Numa tentativa alucinada de tentar respeita-lo e não me jogar aos seus pés absurdamente latina e louca, e ao mesmo tempo, tento me preservar, buscando me machucar o menos possivel (arranhada já estou, não tem jeito), coloco-me em retirada.

Provalmente você não lerá esse texto. Mas caso leia, não se preocupe comigo. Não morri...só estou tentando me "curar" da delícia solitária que é amar você.




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